sexta-feira, 18 de abril de 2014

TALVEZ

   TALVEZ, às vezes chego a pensar, que preferia que você não existisse.

 Sei que isso soa meio exagerado, mas é esse o tom que toca meus pensamentos e sentidos quando você aparece. 
  
 As batidas se intensificam; as vezes você acrescenta notas agudas e rápidas; e a música da alma se torna alegre.

 Mas outras tantas vezes, você intensifica notas graves e longas, ( nada contra as graves, gosto delas), e as batidas se tornam um pouco descompassadas, até se unirem ao som um tanto angustiante que você acaba provocando. 
  
  E basicamente as transições não são marcadas. Você é muito rápido em suas mudanças, não me dá muito tempo pra assimilar o que está acontecendo.
  
 TALVEZ , acredito que eu esteja cansada. Cansada das suas " infinitas possibilidades", que na minha mente fértil, oscilam na produção dessas melodias tão diferentes.
  Só quero um pouco mais de calma e certeza, pra variar. Por hora, talvez um " rallentando" já ajudasse.
( até porque, o silêncio também causa certos exageros em mim).

  Enfim, TALVEZ, não sei mais onde encontrar aquelas notas de esperança que sua existência geralmente  inspiravam pra mim. 

   Hoje seu exagero me faz mal.
 Então , TALVEZ, farei o que puder pra evitar ou disfarçar sua presença nos meus dias.