quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Coragem e vulnerabilidade...


É. Se eu pudesse dar um conselho pra qualquer coração, não encontraria melhor do que esse ( C.S Lewis arrasa sempre).Essa imagem apareceu nas lembranças do face esses dias, e acabou confirmando algumas coisas que estavam em um dos meus rascunhos há algumas semanas.
  Me lembrei desse vídeo. 
 Ele me quebrou desde que o assisti.  Toda vez que assisto fico pensando na coragem desse cara.
  Sim, dele. Não de quem o abraçou. Porque o vídeo é curto, é simples, e mostra todos que corresponderam. Mas não mostra quantos lugares ele esteve, quantas horas permaneceu ali, de olhos vendados e braços abertos, completamente disposto e vulnerável a qualquer reação, inclusive às ruins.
  Eu não sou muito de abraçar, considero um gesto muito significativo pra desperdiçar a toa e com qualquer pessoa.Preciso sentir um mínimo de afeto e confiança pra ser capaz de abraçar alguém. Me julgue. Mas quando vi esse vídeo pensei: abraçaria sem pensar duas vezes. Abraçaria com certeza. A coragem dele desarma minhas proteções e desconfianças estúpidas, os medos.
 A vulnerabilidade incomoda porque confronta, vamos combinar. De alguma forma tácita aprendemos que ela é sinônimo de fraqueza – credo! Deus me livre!- e geralmente preferimos a fuga, qualquer fuga pra não nos sentirmos expostos. Pode doer, vai saber. Frustrar. Decepcionar. Machucar.
 Não acredito que seja errado se proteger. Mas já disse isso, e sempre lembro das palavras do meu sábio líder da ETED, Fernando “ A luta pela não dor, trava a vida”. Então, tudo depende da perspectiva de vida que temos.
A minha tem a ver com ser, e viver não só existir. Mudar, sentir, crescer, me transformar, compartilhar, transbordar, e tantos verbos nesse sentido.
 Percebi que as fugas não evitam as dores. Pelo contrário. O coração tá aí pra sentir mesmo. Pra mudar, se desenvolver. Se fechar pras coisas geralmente só torna tudo mais difícil, dramático e dolorido.
Porque as pancadas vêm de qualquer forma. Sempre imagino um coração fechado, como se tivesse uma casca em cima, que se parte e o perfura quando recebe as pancadas. E dói. Muito. O aberto? Dói também. Mas tenho a impressão que tem menos estilhaços, e frustrações. É mais fácil de curar também. Amém.
 No fim das contas, nos enganaram. Vulnerabilidade fortalece. É o que tenho dito por fé.
 Na mesma semana que vi esse vídeo, vi essa matéria, e não consegui deixar de relacionar as duas coisas:egocentrismo em fotos - hypeness

Olhar pra si é necessário, e essencial sem dúvida, pra encontrar essa coragem, essa força que existe na vulnerabilidade.
 “ Gosto de mim na medida que acredito na minha dignidade, quero me expandir conforme meu valor. E também segundo acho que vale a pena esse salto, esse crescimento, essa entrega. Depende da minha confiança.”- Lya Luft – Perdas e Ganhos p.35
Mas olhar só pra si mesmo pode se tornar um buraco sem fundo, que nos impede de ver o que está a nossa volta, e de minimamente aproveitar a vista.
 É verdade que o cara do vídeo tava lá de olho fechado. Mas isso não o impediu de vivenciar o máximo da experiência que se propôs.
 O carinha da tela tava de olhos abertos. E sua intenção era justamente mostrar que isso não é suficiente pra aproveitar o que estava a sua disposição.
Percebe? Coragem. Vale a pena o risco. Porque de tudo, se muitos passaram batido, muitos abraçaram o rapaz do vídeo. E tenho certeza que ele foi fortalecido, transformado, e acabou transbordando isso também.
 Enfim, o conselho é mais que tudo sempre um lembrete pra mim mesma: coragem, querido coração.


"Vulnerabilidade é assustadora, mas pura. Nela você pode encontrar bravura."

Créditos: matéria do site Hypeness
Imagens: tumblr
Vídeo: compartilharam no twitter hehehe