É. Se eu pudesse dar um conselho pra qualquer coração, não
encontraria melhor do que esse ( C.S Lewis arrasa sempre). Essa imagem apareceu nas lembranças do face esses dias, e acabou confirmando algumas coisas que estavam em um dos meus rascunhos há algumas semanas.
Me lembrei desse vídeo.
Ele me quebrou desde que o assisti. Toda vez que assisto fico pensando na
coragem desse cara.
Sim, dele. Não de
quem o abraçou. Porque o vídeo é curto, é simples, e mostra todos que
corresponderam. Mas não mostra quantos lugares ele esteve, quantas horas
permaneceu ali, de olhos vendados e braços abertos, completamente disposto e
vulnerável a qualquer reação, inclusive às ruins.
Eu não sou muito de
abraçar, considero um gesto muito significativo pra desperdiçar a toa e com
qualquer pessoa.Preciso sentir um mínimo de afeto e confiança pra ser capaz
de abraçar alguém. Me julgue. Mas quando vi esse vídeo pensei: abraçaria sem
pensar duas vezes. Abraçaria com certeza. A coragem dele desarma minhas
proteções e desconfianças estúpidas, os medos.
A vulnerabilidade
incomoda porque confronta, vamos combinar. De alguma forma tácita aprendemos
que ela é sinônimo de fraqueza – credo! Deus me livre!- e geralmente preferimos
a fuga, qualquer fuga pra não nos sentirmos expostos. Pode doer, vai saber. Frustrar.
Decepcionar. Machucar.
Não acredito que seja
errado se proteger. Mas já disse isso, e sempre lembro das palavras do meu
sábio líder da ETED, Fernando “ A luta pela não dor, trava a vida”. Então, tudo depende
da perspectiva de vida que temos.
A minha tem a ver com ser, e viver não só existir. Mudar,
sentir, crescer, me transformar, compartilhar, transbordar, e tantos verbos
nesse sentido.
Percebi que as fugas
não evitam as dores. Pelo contrário. O coração tá aí pra sentir mesmo. Pra mudar,
se desenvolver. Se fechar pras coisas geralmente só torna tudo mais difícil,
dramático e dolorido.
Porque as pancadas vêm de qualquer forma. Sempre imagino um
coração fechado, como se tivesse uma casca em cima, que se parte e o perfura
quando recebe as pancadas. E dói. Muito. O aberto? Dói também. Mas tenho a
impressão que tem menos estilhaços, e frustrações. É mais fácil de curar
também. Amém.
No fim das contas, nos enganaram. Vulnerabilidade fortalece. É o que tenho dito por fé.
Na mesma semana que
vi esse vídeo, vi essa matéria, e não consegui deixar de relacionar as duas
coisas:egocentrismo em fotos - hypeness
Olhar pra si é necessário, e essencial sem dúvida, pra
encontrar essa coragem, essa força que existe na vulnerabilidade.
“ Gosto de mim na
medida que acredito na minha dignidade, quero me expandir conforme meu valor. E
também segundo acho que vale a pena esse salto, esse crescimento, essa entrega.
Depende da minha confiança.”- Lya Luft – Perdas e Ganhos p.35
Mas olhar só pra si mesmo pode se tornar um buraco sem
fundo, que nos impede de ver o que está a nossa volta, e de minimamente
aproveitar a vista.
É verdade que o cara
do vídeo tava lá de olho fechado. Mas isso não o impediu de vivenciar o máximo
da experiência que se propôs.
O carinha da tela
tava de olhos abertos. E sua intenção era justamente mostrar que isso não é
suficiente pra aproveitar o que estava a sua disposição.
Percebe? Coragem. Vale a pena o risco. Porque de tudo, se
muitos passaram batido, muitos abraçaram o rapaz do vídeo. E tenho certeza que
ele foi fortalecido, transformado, e acabou transbordando isso também.
Enfim, o conselho é mais que tudo sempre um lembrete pra mim mesma: coragem, querido coração.
"Vulnerabilidade é assustadora, mas pura. Nela você pode encontrar bravura."
Créditos: matéria do site Hypeness
Imagens: tumblr
Vídeo: compartilharam no twitter hehehe