terça-feira, 21 de julho de 2015

Hoje eu quero deixar o sol entrar



Hoje eu quero deixar o sol entrar,
que entre pelos olhos, e chegue até a alma
que transborde pelos poros
e transpire calma!

Que ilumine cada canto escuro de tristeza

que aqueça o frio da solidão,
que transforme todas as incertezas 
em luzes de esperança, empolgação

Que faça brotar as sementes encharcadas,

e renove a alegria que a chuva tentou afogar.
Que ilumine e restaure as minhas flores
e as borboletas voltem a me visitar. 

Hoje eu quero deixar o sol entrar

Com toda sua força e grandeza!
Transformando tudo que a chuva destruiu
em graça, força e beleza!






quinta-feira, 9 de julho de 2015

Coisas Deleitáveis

 Antes da " lista" propriamente dita, preciso dizer que me inspirei na lista de uma amiga linda (oi Gi!)  do blog Batons e Palavras (link  aqui http://batonsepalavras.blogspot.com.br/2015/02/coisas-deleitaveis.html ). Faz um tempinho já, mas eu me animei esses dias com a idéia.
   Já a lista " original", que inspirou minha amiga e outras pessoas felizes na internet é essa aqui,  uma crônica de Paulo Mendes Campos  ( http://sapateirosdepalavras.blogspot.com.br/2011/06/texto-de-paulo-mendes-campos.html )
 Recomendo a leitura das duas ;). 

Coisas deleitáveis- segundo eu mesma :

 Dar risada, chorar de tanto dar risada. Dormir sem interrupções, e sem ter hora pra acordar; acordar com a luz do sol entrando pela cortina, acordar e saber que não está chovendo !
 Cheiro do café enquanto ainda está "passando" no coador; café forte e com a quantia certa de açúcar; café da manhã -seja com pão com manteiga ou pizza requentada.
  Acordar com o cabelo lindo. Receber uma resposta feliz e honesta de bom dia. Sorrisos; sorrisos bem dados, mesmo que de estranhos.
  Música boa; filmes bons; Livros! Olhar livros, pesquisar livros, comprar livros, cheirar livros novos, chegada de livros encomendados, ler livros esperados, terminar e saber que não precisa devolver livros bons; devolver aqueles que não foram tão legais assim.
   Estar com pessoas queridas; conhecer pessoas inteligentes e acessíveis;  Ah, companhia de pessoas divertidas , e de pessoas inspiradoras também! 
 Visitar um lugar e ser bem turista mesmo: comer comidas típicas, andar de transporte público, visitar pontos turísticos, tirar fotos, ir no Mercadão, pedir informação pra pessoas que sabem responder e sorrir .
 Praia vazia; praia com sombra e ventinho; praia com espaço pra caminhar ( sim, existem praias com pouco espaço pra isso) .
  Sorvete no frio, no calor, sozinha, com amigos. Sorvete em qualquer lugar e circunstância. Brigadeiro também. Chocolate , cupcakes também. Em qualquer lugar e circunstância. São essencialmente deleitáveis.
 Água gelada no calor , sopa no frio.
  Passear no shopping; pic nic no parque com a família. Assistir uma boa peça de teatro, ou um filme muito esperado.
  Receber ligação de quem se está com saudade! Descobrir que ainda existem pessoas com iniciativa;  descobrir que também restaram algumas educadas.
 Presentes significativos. Elogios honestos. Principalmente esses dois quando são surpreendentes.
   Lanche da tarde; chá; chá antes de dormir. Ler poesia; ver poesia.
Reuniões familiares. Mesmo as barulhentas e cheias de bagunça depois.
 Congressos. Shows do UNITED.
Andar de metrô no contrafluxo. Descobrir lugares incríveis que não são muito divulgados. Conversar com gringos, principalmente quando eles te entendem.
  Ajudar alguém, por mais simples que pareça. Principalmente pessoas gratas! 
Casa limpa e cheirosa! Andar descalça depois de limpar a casa; fazer faxina com som alto; dublar ou cantar junto com o som alto, enquanto lavo louça ou tomo banho. Dançar nas mesmas circunstâncias.
  Observar as flores no seu momento mais exuberante; ganhar flores. 
Encontrar o que estava procurando antes que seja tarde demais.
 Colocar uma roupa que não servia faz tempo; encontrar uma roupa/sapato/bolsa incrível, que serve, num brechó ou promoção ( isso beira o milagre, amém!)
 Experimentar maquiagens em lojas especializadas, comprar maquiagens bacanas, ganhar então, uul! 
  Ver fotos antigas; rir com as fotos antigas. 
  Ter ( pelo menos uma) foto bem bonita tirada por uma fotógrafa competente e de bom gosto( oi Bia!).
 Compartilhar conversas, impressões, coisas e sentimentos com pessoas que se interessam de verdade. 
  Poder participar de projetos e sonhos de pessoas que vivem em outros contextos e lugares, quando elas compartilham e permitem.
  Viajar, pra perto ou longe. Reencontrar amigos; fazer novas amizades. 
 Ganhar um abraço sincero; abraçar quando se está com vontade.  Cumplicidade; um olhar que compreende e se comunica perfeitamente.
 Ver uma criança gargalhando; fazer uma criança gargalhar.
  Deitar e dormir rápido. Sonhar; sonhar acordada. Viver por um sonho maior do que eu, e meu tempo de vida.
  Perceber que essa lista pode não ter fim...e que quase tudo já faz parte dos meus dias!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Tchau


  Já disse inúmeros “ tchaus”. 
  Já escrevi uns 15 textos.  
  Já relembrei na minha mente tudo que podia para facilitar esse fim.
 Mas vai ser assim ? Seco? Sem graça? Sem cara de fim? Esse "nada" esquisito que fica aí esfregando na minha cara que fim não precisa ser trágico, dramático, pintando em neon, e muito menos feliz pra ser fim?
    Não queria que fosse assim. Queria que fosse mais nítido. Que tivesse um motivo pelo menos.  Um motivo menos subjetivo no caso. Um motivo que facilitasse as coisas. Que não estragasse completamente as boas lembranças.
  Sim, porque eu insisto nelas. Sempre. Por mais que a maioria tenha ficado comprometida com algumas percepções.
  Quando lembro delas, fico tentando segurar as lembranças, mas elas escorrem da minha mão, e vão pelo ralo. De fato, não tem substância. Não tem muito no que segurar, ou dizer que tinha algo concreto ali, firme. Não tinha.
 E por mais que doa ficar falando, e ouvindo, e repetindo, e lembrando e olhando tudo de novo por esse ponto de vista mais realista, é o caminho que escolhi.
  Do desgaste. Do jogar os fatos na minha cara, toda hora, pra ver se eles jogam um balde de água fria nessa insistência ridícula que eu tenho de sempre relevar e dizer que as pessoas são mais do que seus erros. E do que dizem também.
 Eu sempre digo isso...cheia de convicção e esperança. Que as palavras, e os erros, as escolhas, não definem ninguém.
  Modo bonito de ver, mas só bonito. Nada prático, nada coerente.
   Tem gente que faz valer a pena isso aí. Mas a maioria mostra que esse “ mais”, é mais egoísta, interesseiro, falso, ou seja lá que raio de característica.
  E aí eu fico arrasada. E fico tentando ver onde eu errei, por alimentar ilusões. Por não ver a verdade.
 É aquele momento que tenho que aceitar que por mais que palavras signifiquem, não são tudo. 
  Por mais que eu quisesse que fossem.
  Quando sua voz começa a soar muito distante dos seus passos, eu já tenho q desconfiar não é mesmo? Ninguém faz tudo que diz, mas quando não faz nada também, tem algo errado.
 Acabou? Sério? Eu ainda to teimando porque não queria que fosse assim. Não queria mesmo.
Ainda acho que não precisava ser assim. Que dava pra conciliar. Pra continuar relevando e tal.
  Mas alguma coisa mudou né? Eu mudei. Eu sei. Mas não foi só eu.Você  também. As circunstancias também. e daí fica mais difícil disfarçar algumas coisas. Desnecessário manter outras. Mas eu não mantenho só o que é necessário perto de mim.
  Queria arranjar uma desculpa. Qualquer uma, que justificasse minha insistência. Mas todas são horríveis : carência, egoísmo, coisas que deveriam ser cortadas pela raiz.
  Espero que esse seja o último texto. Que seja aquele que carrega tudo que não dá mais pra ficar aqui comigo. Que encerra um capitulo do passado, como eu disse outro dia.
 Porque não dá mais. Eu já insisti muito mais do que eu deveria. Já tentei colocar pontes nesses abismos que se formaram, mas quando eu construo sozinha elas não chegam até você.
   Então eu to cansada. E decepcionada.
  Por ter me enganado tanto tempo. E por dado tantas chances pra você e nenhuma pra mim. Por me sentir triste com esse fim de algo que na verdade não foi bom como parecia.
  Me despeço mais por respeito do que por vontade. Respeito a sua escolha. E respeito a minha história.
Me despeço, antes que esse peso de tentar te carregar onde você não quer estar me esmague.
Me despeço, porque você tem o direito de fazer o que quiser e eu não tenho nada com isso.
   E porque eu tenho esse direito também.